Em discurso no Grande Expediente, o deputado Alberto Feitosa (PSC) criticou as medidas adotadas pelo Governo de Pernambuco e pela Prefeitura do Recife no combate à pandemia de Covid-19. Ele registrou que o Estado tem taxa de casos confirmados superior a outros, como Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Paraíba e Alagoas. “Se não tiveram competência para administrar o isolamento, vão ter para aplicar o lockdown?”, questionou.
O parlamentar criticou a abertura de sete hospitais de retaguarda em bairros distintos do Recife, em vez de concentrá-los em uma área isolada para evitar a disseminação do novo coronavírus. Ele apontou, ainda, aglomerações no transporte público e defendeu a distribuição de máscaras. Em áreas sem abastecimento, propôs o fornecimento de água para as pessoas adotarem as medidas de higienização recomendadas. “Não adianta lockdown se medidas primárias como essa não forem feitas”, agregou.
Feitosa anunciou, ainda, um pedido de informação sobre a administração de azitromicina e hidroxicloroquina nos casos de pacientes que morreram de Covid-19. Ele acredita que o Estado tem resistido a aplicar o protocolo para utilização desses medicamentos.
Por sua vez, o deputado Tony Gel (MDB), em aparte a Doriel Barros (PT), rebateu a comparação, tratada por Feitosa, entre a situação em Pernambuco e a de outros Estados. Ele citou Minas Gerais, que tem menos casos e óbitos por Covid-19 confirmados, mas registra um grande aumento em mortes por síndrome respiratória aguda grave (Srag), indicando subnotificação. “Aqui está havendo transparência na notificação. E o preço disso é alto”, expressou.